1.
AVALIAÇÃO COMO
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
1. A avaliação escolar deve ser um
processo pelo qual o professor verifica as aprendizagens do aluno, seus
conhecimentos prévios, investigando e refletindo sobre a melhor forma de
ensiná-lo, tem como propósito promover o aperfeiçoamento do ensino que vem
sendo oferecido. É olhar cada um dos alunos, investigando e refletido sobre sua
forma de aprender, conversado, convivendo, organizando e proporcionando ao
aluno uma melhor assimilação dos conteúdos como parte do processo de
ensino-aprendizagem, auxiliando na formação do individuo, de modo que ele possa
participar ativamente da sociedade.
2.
DEFINIÇÕES DE LUCKESI
Segundo LUCKESI, a avaliação não
pode ser simplesmente de forma medida, calculada, impressa por um valor
numérico ela precisa estar ressarcida de valores construídos pelos homens,
buscando projeto maior de sociedade que atenda os interesses de toda população.
3. DEFINIÇÕES DE HOFFMAN
Segundo
HOFFMANN (1997), “avaliar significa identificar impasses e buscar
soluções.” Neste sentido, não se pode conceber um sistema de avaliação
sistematizado no decorrer do século XVI e na primeira metade do século XVII,
pelo qual se entende que avaliar é examinar o quanto o aluno assimilou do
conteúdo transmitido pelo professor.
4. DIFERENÇA ENTRE EXAMINAR E
AVALIAR
Examinar refere-se somente ao
desempenho final do aluno, e avaliar envolve todo o processo de aquisição e
construção de conhecimento.
5. AVALIAR
Avaliar não é medir,
avaliar envolve o levantamento de informações sobre a aprendizagem dos alunos
que devem ser analisadas, considerando os critérios e objetivos do plano de
ensino, e inclui também o processo de tomada de decisões. Analisar como vou
avaliar implica estabelecer como vou permitir que os dados levantados
permitissem autoconhecimento do aluno e o diagnóstico do ensino oferecido. A
avaliação, ao possibilitar o diagnóstico do ensino oferecido pelo professor e
do desempenho do aluno, pode ser formadora quando os resultados possibilitarem
também uma reflexão sobre a prática que estamos desenvolvendo, ou seja, quando
os resultados obtidos pelos alunos permitirem ao professor analisar a sua
participação na aquisição da aprendizagem e identificar quais as estratégias
mais efetivas e as que precisam ser revistas, que processos de aprendizagem os
alunos estão construindo, quais as dificuldades que o próprio professor
enfrenta.
6.
A LDB E AS TRÊS FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO
A LDB em seu artigo 24, V, afirma
que a avaliação do trabalho escolar será continua e cumulativa, devendo ser
dada prioridade para os aspectos qualitativos, devendo, ainda prevalecer o
desempenho do aluno ao longo do ano sobre uma eventual prova final. A avaliação
refere-se tanto ao que, e o como o aluno está aprendendo, mas também a necessária revisão dos elementos que constituem a
pratica docente, tanto no âmbito da aula como no da própria escola. Ela
desempenha três papéis: diagnóstica, formativa e classificatória, as três
funções são importantes e devem ser levadas em conta no planejamento escolar.
7.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
A avaliação diagnóstica é o ponto
de partida, pois é ela que define as necessidades a satisfazer, diagnostica os
problemas que impedem que estas necessidades sejam satisfeitas.
8. AVALIAÇÃO FORMATIVA
Avaliação formativa é aquela que
busca entender como se está desenvolvendo o processo ensino-aprendizagem,
fornecendo elementos para corrigir rumos e orientar o estudante em relação ao
seu aprendizado.
9. AVALIAÇÃO CLASSIFICATORIA
Avaliação classificatória, não há
nenhum mal em se quantificar certos resultados obtidos junto aos alunos, o que não
é correto é valer-se apenas dessas informações e como forma de exclusão ou
inclusão.
10. O PROFESSOR
O professor deixa de ter um papel
dominante no processo avaliativo, passando a ser um investigador que busca
sempre melhore resultados, utilizando critérios mais relevantes centrado em
dimensões qualitativas e quantitativa, proporcionando melhor qualidade de
aprendizagem para todos os alunos, em condições iguais.
O professor ainda deve repensar a
respeito da pratica avaliativa, tendo que a mesma deve ser continua e promovida
através da interação entre educador e aluno. Alem disso, deve-se entender que o
objetivo maior da avaliação é acompanhar o aluno de modo a orientá-lo na produção
do conhecimento, conduzindo-o a autonomia e tornando-o um cidadão consciente e
critico.
11. CONCLUSÃO
Podemos concluir que nos dias de hoje
fala-se muito em práticas de avaliação numa perspectiva emancipatória, a qual
tende a assegurar nas instituições o caráter educativo da avaliação, isto é,
avaliação como meio de revisão das ações do professor, suas práticas de ensino
e interação com os alunos, de modo que o próprio professor tome decisões com
maior conhecimento de causa. A avaliação torna-se mais compreensiva quanto ao
processo de ensino aprendizagem, é mais democrática, sendo que os resultados
obtidos são discutidos e negociados entre os participantes do trabalho escolar,
e busca ainda uma auto-avaliação, mediante um processo reflexivo de planejamento-observação,
análise-reflexão.
Ressalta-se ainda que a avaliação
escolar seja parte do processo educativo e não um fim em si mesmo e que deve
ser utilizada como uma ferramenta para melhoria da aprendizagem do aluno,
visando seu desenvolvimento pleno.
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