Fala-se muito das contribuições
positivas do uso da tecnologia digital em sala de aula. Os professores que já
experimentaram, no entanto, percebem logo que há muitas questões a serem
resolvidas para tornar a tecnologia uma aliada realmente eficaz na Educação. Há
muito o que aprender, e muito o que discutir.
Como garantir que os conteúdos
acessados na escola são adequados? Como evitar que os alunos publiquem material
proibido ou prejudicial? Como impedir invasores nos computadores dos alunos?
Como controlar o que o aluno vê?Devemos simplesmente proibir o acesso a
determinados conteúdos e atividades ou será mais eficiente mostrar que alguns
sites não são confiáveis, que é preciso ver com olhos críticos o conteúdo
publicado na Rede, que o que publicamos na Internet pode acarretar riscos e
conseqüências legais para a escola e até mesmo para os pais dos alunos?Todas
essas perguntas têm respostas, mas não há soluções prontas. Cada escola, cada
professor, cada grupo precisa encontrar a saída mais adequada para sua
realidade. Todo cuidado é preciso, desde cobrar da instituição recursos de
prevenção como antivírus, firewalls e monitoramento de acessos até a
conscientização de como deve se comportar o usuário da Internet.Conhecer a Rede
e saber usarA lousa e o giz certamente podem ser um excelente recurso se o
professor souber explorar suas possibilidades. Mas não há dúvida de que a
Internet, com todo o seu potencial de recursos, pode trazer muito mais
benefícios à aprendizagem. No entanto, não há milagre: aqui, novamente é
preciso saber usar.A Internet permite a pesquisa, o conhecimento de outras
opiniões e o contato com o mundo externo à escola e à comunidade. Além disso,
traz a possibilidade de interatividade. Porém, para tirar proveito de todos os
seus recursos, é necessário que o professor lance mão, antes de tudo, de sua
criatividade, e que esteja disposto a conhecer essa tecnologia. É preciso
também que o professor conheça as habilidades dos alunos na Rede e quais são
seus interesses.Comece por uma conversa informal para conhecer quais são os
interesses dos alunos e o que os atrai para tal. Você já pensou em fazer uma
pesquisa em sala de aula para saber o que os alunos andam fazendo na Internet?
Veja algumas perguntas que podem ajudar:Quanto tempo você fica on-line?Você usa
MSN?Você conhece todos que fazem parte da sua lista de amigos do MSN?Você faz
parte do Orkut? De que tipo de comunidade você participa no Orkut?Você utiliza
a internet para pesquisa?Como você costuma fazer pesquisa na Internet?Você joga
na Internet? Qual tipo de jogo você gosta? Qual o sistema que você utiliza para
pesquisa na Internet?Você procura saber se a informação do site acessado é
confiável?Com essas informações você tem um bom material para ajudá-lo a
orientar seus alunos no bom uso da Internet, podendo planejar assuntos a serem
abordados com maior relevância na sua aula. Um debate sobre essas questões pode
ser de grande utilidade!Ensinar o aluno a usar a internetPara que a Internet seja
bem aproveitada, ela deve fazer parte de uma ação continuada. Não basta falar
sobre isso apenas uma vez. Procure oportunidades, mostre casos práticos,
notícias e relembre o assunto sempre que possível. Proponha atividades que
envolvam pesquisa ou interatividade, ainda que seja apenas a troca de mensagens
entre os alunos. Uma boa forma de preparar seus alunos é trabalhar questões
práticas que envolvem suas atividades cotidianas na Internet.Usando sempre a
Internet, você vai ajudar seus alunos a aprenderem a usar a Rede com segurança
e confiabilidade. Por exemplo, se um professor de Geografia pede uma atividade
que envolva pesquisa na Internet, ele pode abordar a questão de quais os
indicativos que levam a acreditar que tal site é íntegro e se suas informações
são confiáveis.A interatividade também precisa ser praticada para deixar de ser
um bicho-de-sete-cabeças. Ela traz riscos e dificuldades que devem ser
trabalhados em sala de aula a fim de construir e desenvolver nos educandos as
competências necessárias para que possam tomar decisões por si próprios e saber
agir diante desses riscos, ou até mesmo após um incidente.
Referências:
Texto original: Cristina Moraes
Sleiman Edição: Equipe EducaRede
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